Não dá para negar que um dos maiores eventos do universo da militância GLBT é a "Parada Gay". Neste ano de 2011, a maior parada gay da América Latina será em São Paulo. Tal "Parada" é uma das maiores do mundo, disputando apenas com a de São Francisco, na Califórnia (EUA), pela primazia total. Constando como um evento economicamente rentável, recebe até mesmo patrocínio Federal e Estadual, que vêem com bons olhos as concessões comerciais concernentes ao acontecimento – aquecendo assim a economia local e chegando a ganhar o triplo daquilo que os custos de investimento inicial despendidos.
Tudo isso, lógico, nos dá sérios motivos para acreditar que este é provavelmente o evento que mais expõe a bandeira dos valores desse movimento político. Este ano, porém, o mote da "Parada Gay" é verdadeiramente um desafio para nós, cristãos. Alguns até poderiam considerar uma afronta! Mas, por qual motivo? Afinal, qual o tema atual desse acontecimento de grandes proporções, prestes a acontecer na maior cidade do Brasil, considerada nossa capital econômica, um dos corações urbanos do país?
"Amai-vos uns aos outros".
Mas como...? Não deveriam os cristãos se sentir pessoalmente tocados por um mote como esse? Não é bom ver os militantes do movimento gay realizando um evento cujo objetivo é o "amor", especialmente quando repetem as palavras do Apóstolo João em sua primeira carta que consta no Novo Testamento? Afinal, não seriam todas as formas de amar aceitáveis?
Calma, gente. Vamos pensar um pouco. Porque os militantes do movimento LGBT resolveram fazer desse o tema para a atual parada Gay? O motivo é algo muito diferente daquela motivação que fez com que o Apóstolo João escrevesse sua primeira carta.
Vamos entender melhor isso?
Vejamos: o Apóstolo João dizia que quem não ama ao seu irmão, não pode amar a Deus. E isso é verdade: se não amarmos aqueles a quem vemos como amaremos a Deus, que é Puro Espírito e, enquanto tal, não pode ser visto diretamente pelos olhos humanos? Certamente boa parte dos militantes do movimento gay concordaria com isso de imediato! Devemos amar, sem dúvida!
Mas há um ponto de fundamental diferença entre o amor pregado pelos militantes do movimento GLBT e do amor pregado pelos cristãos. O Amor Verdadeiro para nós é o Próprio Deus. Deus é Amor! E manter nossa comunhão com Deus significa aprender a amar verdadeiramente, significa estar junto de Deus, aprendendo d'Ele, se alegrando na vontade d'Ele e por meio disso levando outras pessoas a também amá-Lo, a fim de compartilharem conosco a verdadeira paz e alegria que só Deus nos dá.
E é por isso que o verdadeiro amor sabe que não devemos nos alegrar com a permissividade, nem na pornografia, na libertinagem, no pecado... Nem noutras coisas que fogem ao plano do Amor de Deus para nós. Ele, como Pai Amoroso que é como Criador de nossas vidas, sabe das nossas dores e mesmo nelas Ele nos ama e nos acolhe. Deus nos ama verdadeiramente, pois não se aborrece de nada que criou. Se não nos amasse, jamais nos teria criado!
Como é bom saber disso, não é? Nós mesmos somos a prova do Amor d'Ele por nós!
Igualmente, embora Deus nos ame, ele também quer que nós o amemos verdadeiramente. E o amor verdadeiro transforma nosso coração em algo que ama a pureza, que ama a santidade e a semelhança com Jesus Cristo – nosso mais perfeito modelo humano. De fato, são as duas dimensões do amor aqui que nós precisamos vivenciar: o amor que ama o seu irmão como a si mesmo, e o amor que ama a Deus sobre todas as coisas.
Nós compreendemos que muitos dos militantes GLBT querem amar. E de fato, não há quem não ame – o problema não é amar; o problema é o quê se ama.
Amar, todos amam.
Os bons amam.
Os maus amam.
Não é aqui que está nossa diferença – se amamos ou não.
O problema é o quê amar. É como amar.
O verdadeiro amor não se alegra com o pecado do seu irmão, pois o pecado é um afastamento de Deus, é uma prisão que armamos para nós mesmos. Nela, não há como viver verdadeiramente este amor. É como pedirem para amarmos tanto uma pessoa que está na UTI, acidentada por um atropelamento irresponsável, como o próprio atropelamento...!
Não dá! Ou amamos a pessoa e rejeitamos aquilo a destrói, ou verdadeiramente não estamos amando aquela pessoa. O amor rejeita e joga fora aquilo que destrói a vida da pessoa amada. O atropelamento da pessoa amada não pode ser objeto de nosso amor, assim como a doença da pessoa amada, a morte dela, a dor dela e muitas outras coisas ruins não podem ser amadas sem que isso contrarie nosso amor por ela.
É por isso que os cristãos dizem: "Amarás o Senhor Deus de todo coração, com toda tua alma, com todo teu entendimento". É por isso que os cristãos, diante desse evento da Parada Gay de 2011, podem com firmeza proclamarem seu amor pelos que estão dentro da condição homossexual, mas podem igualmente discordar da promiscuidade, dos abusos e de toda conduta que, sob a máscara do amor, querem nos fazer aceitar coisas que nos destroem por dentro e por fora, tirando nossa paz com Deus e com nós mesmos.
Amar não é só aceitar tudo sem nada fazer: amar também é ensinar, conduzir para algo melhor e mais perfeito. Se for prova do amor de Deus estarmos aqui agora (vivos e conscientes o suficiente para ler esse texto), também é prova do Amor dele nós podermos estar ensinando isso agora, pois agora temos a chance de aprendermos algo – algo que pode nos tornar mais sábios do que antes. Poder passar por essa mudança, poder ter esse aperfeiçoamento também é um sinal do Amor de Deus!
Pois Deus nos ama como nós estamos, mas nos ama DEMAIS para nos deixar como estamos. Ele não nos quer pequenos e medíocres escravos das paixões, nem quer que fiquemos estagnados; antes, Ele nos quer verdadeiros homens e mulheres, seres completos, realizados e capazes de amar com o amor perfeito!!
Sem o Amor a Deus, não amamos aos outros verdadeiramente, porque nós mesmos estamos longe do Verdadeiro Amor. Sem dizer sim aos nossos irmãos, mas ao mesmo tempo sem dizer não àquilo que está divergente da mensagem do Evangelho, não há como amarmos verdadeiramente. Pois a Palavra diz que se amamos a Deus, não é nem para o pecado nem para a corrupção que amamos, mas sim para adquirirmos por meio desse amor a verdadeira vida, a felicidade eterna e a plena liberdade!
Fora desse espírito, os militantes GLBT vão tentar, no dia 26 de junho, dizer-nos como se deve amar – mas não conseguirão senão apenas uns afetos humanos, passageiros e fugazes como boa parte das ilusões que perpassam o movimento gay, tal qual sorriso de plástico. Quem já viu uma "Parada Gay" sabe bem do que é que estamos falando...!
Por isso, procurando estar dentro dum espírito de verdadeiro Amor, daquele Amor que salva e que liberta, do Amor que nos eleva aos Céus e nos faz homens e mulheres restaurados, nós do Closet Full estaremos reunidos no dia 25 de junho de 2011.
Temos um compromisso com essa nação. Um compromisso com todos os homens e mulheres do Brasil. Um compromisso de Amor para com todos os militantes GLBT de nossa nação, bem como cada brasileiro com sentimentos homoeróticos.
Junte-se a nós nesse dia 25 de Junho.